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AUTOBIOGRAFIA

MEU NASCIMENTO E A EXPECTATIVA PARA O MUNDO

No dia 31 de janeiro de 1978, enquanto no mundo aconteciam catástrofes como terremotos, maremotos, guerras, incêndios, avalanches, morte e desespero, aconteciam também acordos de paz entre povos rivais, casamentos, aniversários, comemorações, renovação de sonhos...e, aproximadamente às 10:00h, em Floriano, Estado do Piauí, eu nascia...

Diante de tantos fatos o mundo não sentiu o impacto do meu nascimento.

Mas eu nasci para brilhar, para somar...para ser lembrado. Deixarei o meu legado!



MINHA FAMÍLIA


Antes de entrar na minha infância, falarei um pouco de minha família, a família CARMO MOURA:

"Carmo" vem de minha mãe, Ilvaneide, a melhor mãe do mundo, então Professora do Colégio Ribeiro Gonçalves. Ela me teve aos 43 anos de idade, no ano de 1978, parto cesário, já imaginou isso naquela época? Ela é uma guerreira, é a quem agradeço por ser quem eu sou hoje, em todos os aspectos. Ela quem me deu educação e as condições morais para eu ser o que eu sou.

"Moura" vem do meu pai, Manoel, o melhor pai do mundo - que esteja bem onde estiver, que a sua energia tenha se transformado em fonte de esperanças - Dono da Oficina Bom Jesus, Lanterneiro, Funileiro e Pintor de automóveis, naquela época em que se valia a pena mandar pintar, e não substituir, o para-choque de um carro. O ofício que usou para sustentar a "grande família", o seu "time" de futebol de campo. Me lembro dele como uma pessoa muito enérgica, com alternâncias de humor, que ora brigava ora brincava. Mas do que mais me lembro dele é do seu caráter justo, honesto e trabalhador, exemplos que serviram para fundamentar a minha personalidade.

De Seu Manoel e Dona Ilvaneide foram gerados 8 (oito) filhos: Áureo, Amélia Maria, Cláudio Roberto, Ilma Vanda, Claudênio, Ilvanice, Humberto e Eu (Aurélio), o mais novo, "o resto da tinta de Seu Manoel", como costumavam me chamar e ainda chamam até hoje.

Tenho muito orgulho de ter "Sangue do Carmo Moura", tenho muito orgulho de minha família, dos meus pais, dos meus irmãos...

MINHA INFÂNCIA (de onde me lembro até os 11 anos de idade)


Uma das lembranças mais antigas, e bem vaga, que tenho de mim mesmo é de uma situação em que eu estou usando um chinelo de borracha, preto, bem maior do que os meus pés, provavelmente do meu irmão Áureo. Não sei se isso é possível, mas acho que eu tinha 3 ou 4 anos de idade. Não sei se essa é uma lembrança induzida por uma foto que tem minha, no álbum da família.

Mas a lembrança de quando eu completei meus 5 anos de idade (31 de janeiro de 1983, é mole?), essa sim, é fresca em minha memória. Me recordo que eu havia chegado da rua, tardezinha, de pés descalços (como eu costumava andar nessa época), sem blusa, com um calção bem curto, verde escuro, quadriculado, que minha mãe tinha feito na máquina de costura (que ainda existe, e funciona). Lembro-me de ter chegado encostado na parede que dá acesso à cozinha (onde tem os interruptores da lâmpada da cozinha e do banheiro), e minha irmã Amélia Maria estava terminando de rechear, com "Quisuque", um bolo que ela havia feito para meu aniversário. Este foi o meu 1º e único, que eu me lembro, bolo de aniversário. E nem foi uma comemoração, não houve festa, foi apenas um mimo de minha irmã. Ela gostava muito de me dengar. E eu também era muito apegado a ela.

Na minha infância eu gostava muito de jogar bola no meio da rua, mesmo quando a Rua do Amarante ainda era calçada com paralelepípedos. Perdi muitas unhas e sangue...gostava também de andar descalço pelas ruas da cidade, de baladeira em punho, matando sapos e rãs nos esgotos e poças d'água. Voltava para casa tarde do dia e às vezes tarde da noite brincando assim, perambulando pelas ruas e bairros da cidade. Quando chegava em casa, odiava ter que almoçar ou jantar comida (arroz, feijão, ossada, pirão, etc), apanhava de minha mãe para comer. Só queria comer besteira: farinha com açúcar e leite em pó ou ovo batido com farinha e açúcar. O que dava um pouquinho mais de sustança era cuscuz com leite ou farofa de feijão frito.

Me recordo também dos animais de estimação que foram criados em minha casa: Pituca e Rossy, só me lembro deles...A primeira me lembro pouco, só que morreu atropelada, e o rossy foi muito amigo meu. Nós brincávamos e brigávamos. Levei muitas mordidas dele, ainda hoje tenho um cicatriz na batata de minha perna. Ele me acompanhava quando eu ia tomar banho no Rio Parnaíba...Pobre rossy, morreu dormindo.

Quando aprendi a andar de bicicleta, numa Barra Circular azul, do meu pai, não quis mais saber de nada. De tanto pegar a bicicleta e deixar meu pai na mão (ele a usava para ir comprar materiais para a oficina) ele passou a trancá-la com uma corrente que mais dava para segurar uma moto. Deixava-a presa junto ao pé de castanhola (alguns chamam de amêndoa) que ficava em frente da minha casa, ao lado da oficina.

Me lembro que antes dos meus 9 anos, conheci meu amigo, meu melhor amigo de infância, Renan. Éramos tão amigos que às vezes passávamos mais tempo juntos, conversando, percorrendo o bairro ibiapaba, jogando bola, brincando de "neguinho", que só restava do dia o tempo que estávamos na escola ou dormindo. Isso quando eu e ele não passávamos as noites acordados, contando estórias ou relembrando os feitos do dia.

O fato mais trágico de minha infância foi quando eu ainda tinha 9 anos de idade, no dia 6 de setembro de 1987. Me lembro que estava comendo um pão com manteiga, me aproximando do portão da avaranda, quando chegou uma viatura, parecia ser da polícia, com a informação de que meu pai havia falecido. Eu era muito novo, mas já podia compreender, já podia sofrer...Sofri, nunca contei para ninguém o que eu senti naquele dia. Estou desabafando isso agora...Lembro-me do choro de minha mãe e dos gritos de minha irmã Amélia Maria, lembro-me quando ela foi para o quarto, aos prantos, deitou na cama e perguntou a deus "por que ele não havia levado um marginal no lugar do meu pai". No dia da formatura do meu irmão Áureo, que estava em Campina Grande-PB, recebendo o diploma de bacharel em Engenharia Elétrica, acompanhado de minha mãe. Meu pai não quis ir para a formatura porque preferiu ir caçar para ter uma boa caça para fazer no churrasco de comemoração da formatura, quando meu irmão voltasse. Foi justamente nessa caçada que a tragédia aconteceu...não gosto e nem vou lembrar detalhes. O que importa é que ele morreu feliz, estava fazendo o que gostava, com uma finalidade, e estava orgulhoso do seu filho mais velho.

Meu pai deixou como herança para meu irmão Áureo, e como presente de formatura, um Corcel I, verde, "o verdinho", não lembro o ano, mas lembro que fui ajudar a trazê-lo empurrando, de bem longe. Não era um carro, era só carcaça. Meu pai quem o preencheu com motor, bancos, parte elétrica, e com tudo que um carro de luxo da época podia ter...o carro ganhou a denominação de "Super Máquina" ou "Kit", em homenagem a um famoso seriado que passava na época. Se tornou o chodó do meu irmão e da família.

Aos meus 10 anos de idade saí pela primeira vez da cidade de Floriano, e fui à capital, Teresina, passar as férias na casa de meu primo, Bráulio. Viajamos na carroceria de uma D-10 branca. Foi lá em Teresina que eu dei o meu primeiro beijo, "selinho", em uma garota. Aos meus 11 anos (não sei ao certo) fui também para a cidade de Parnaguá-PI, assitir ao casamento de minha irmã Amélia Maria.

Outras recordações de minha infância são da Praca da Ibiapaba, da Igreja da Ibiapaba, do Pé de Tamarindo (eu chamava tomarina), do Frei Vicente. Lembro-me que brincava muito naquela praça, de quando fui coroinha e bati o sino 4 vezes, durante a missa, quando na verdade era para bater somente 3 (recebi o apelido de "bateu quatro"). Lembro-me do Riacho do Leite, onde ainda vi limpo e saudável, tomei banho e pesquei. Lembro-me das cheias do Rio Parnaíba, dos banhos, e das duas ocasiões em que quase morri afogado, uma na "pedra do padre" e outra na praia, em uma das ocasiões em que atravessei o rio.

Minha infância foi, sem dúvida, a fase mais feliz, mais intensa e mais aproveitada de minha vida!


MINHA PRÉ-ADOLESCÊNCIA (Dos 12 aos 15 anos de idade)

Dessa época me lembro das festas, dos namoros, das espinhas no rosto, das hooooras no banheiro...do meu primeiro beijo de língua, de minha "primeira mulher", de minha primeira bicicleta, dos Colégios Santa Teresinha, Dinâmico e Industrial São Francisco de Assis, das peladas de futebol, das brigas com meu irmão Humberto e da grande amizade que só aumentava cada vez mais com meu amigo Renan.

Lembro-me das tertulhas na quadra da praça da ibiapaba, das vezes em que pulávamos o muro, lisos, eu, meus colegas e primos, porque não tínhamos dinheiro para bancar a entrada. Lembro-me do Trópikus Balance Danceteria, onde dei show de dance, junto com Renan, Jaílson, Gaúcho, Andrim, Magnoel, Binha, Eluzardo, Niwalber, Júnior, Karol, e muitos outros colegas (me desculpem se deixei de citar alguém).


E as namoradinhas? Ô coisa boa! Lembro de quando dei o meu primeiro beijo de língua (Gleide era o nome dela). Foi numa brincadeira de escola: PMB - "Pague Meu Beijo". A partir de então não parei mais de beijar...Mas marcante mesmo foi quando fui ter com minha primeira mulher. Deixemos essa história passar...

Quando ganhei minha bicicleta BMX, cromada, fui à loucura. Agradeço ao meu irmão Cláudio Roberto, que assumiu o ofício de lanterneiro, funileiro e pintor, da oficina Bom Jesus, herdada de meu pai. Com essa bicicleta ganhei "asas", e muitos tombos...Nessa época eu fui "contratado" pelo meu irmão Claudênio para ir deixar o seu almoço todos os dias, antes de eu ir para a escola, no Banco Bamerindos (antiiigo), onde ele trabalhava. Era com as gorjetas que ele me dava que eu comprava os ingressos das festinhas que eu ia.

Adorava ir à escola em minha bicicleta. O Colégio Santa Teresinha, de minha Tia Mariqunha, é uma grande e boa recordação do meu passado. Lá posso não ter aprendido Matemática, Português, etc, mas aprendi lições de meus professores, que me serviram para a vida (respeito ao próximo, responsabilidade, essas coisas...). Lembro que resolvi mudar de escola, e fui para o Industrial. Mas no Industrial, mais exigente, eu não consegui acompanhar os estudos. Fui então para o Dinâmico, onde reiniciei (disse "reiniciei", não "repeti") o meu 1º Ano do 2º Grau.

Foi nessa época também que meus desentendimentos com meu irmão Humberto foram mais frequentes e ferozes. Eu virava uma fera quando agente discutia, mas quando estávamos de bem éramos muito amigos e muito unidos. Percebo que foram necessárias todas aquelas brigas para eu e ele nos lapidarmos, para agente melhorar traços de nossas personalidades para nos reconhecermos hoje como grandes amigos. Foi minha irmã Ilma Vanda quem me ensinou a domar meu gênio forte, briguento e às vezes implacável para com meus algozes. Ela talvez não saiba disso, mas foi ela quem fez com que eu me tornasse como sou, calmo e controlado, até hoje...numa simples conversa, com um conteúdo que minha agnosticidade de hoje até duvida.

E de Renan, dessa época eu me lembro que agente jogava muiiiita bola...nós dois nos autodeterminávamos os craques da rua. Pelo menos eu participei de todas as seleções de futebol de salão dos colégio em que estudei. Era zagueiro feroz! Também joguei pelo RAEC - Rua do Amarante Esporte Clube, time que meu irmão Claudênio montou. Fui até goleiro de Handbol, no Dinâmico...O fato é que muitas vezes eu e Renan íamos jogar em outros bairros, convocados, e nos destacávamos, mesmo que para nos aparecer, mas agente fazia sempre o nosso show...Foi numa dessas partidas que Renan cruzou a bola para mim na área, e eu, ao tentar enfeitar o lance, me dei mal. Caí e desloquei meu punho...faz parte!

E das estórias que eu e Renan inventávamos....Lembro-me de uma: "A Cidade de Santa Claus" (em breve vou escrever um livro contando essa ficção), nem sabíamos se existia essa santa. A estória se passava em uma cidade imaginária que só podia entrar quem tinha uma chave especial, e somente eu e ele tínhamos. Como era de se esperar, nessa cidade só haviam garotas, lindas, charmosas e, metade apaixonada por mim e a outra metade por ele. Éramos nós quem preenchiamos a cidade com os clones imaginários das garotas pelas quais tínhamos paixão, na vida real, mas não tínhamos coragem de declarar. Agente tinha um baralho com vários tipos de carrões. E no nosso imaginário esses carrões preenchiam as garagens de nossas mansões e circulavam cheios de princesas em Santa Claus. Como era bom sonhar....

MINHA ADOLESCÊNCIA (Dos 16 aos 19 anos)


Texto em construção....AGUARDE!!!

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